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Mostrando postagens de abril, 2014

NO FUNDO DO MAR

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As vagas do mar... Imensidão que te suga... Medo! Ser puxado para o extremo, o Desconhecido! Tão bom, Assustador!   Não, o sal não são mais lágrimas, Camões se enganou, Pessoa mudou tudo... E agora até os seres mais aterrorizantes, “De repente, não mais que de repente” São extremamente atraentes. A praia, quadro sem cor, Raio, violência, som, Turbilhões de seres em movimento... Areia ziguezagueando, Formando espirais com peixinhos coloridos rumo à boca de Tubarões... Ana Paula Miqueletti 27/04/2014

TEMPESTADE

Quem nunca pensou em ser Capitu, Certamente desejou a ter. Uma Tempestade, Fenômeno Natural, Ressaca, força bruta, Dilúvio, O que não se toca, Mas se deseja intensamente... Toda mulher é Capitu, Todo homem quer Capitu... Toda puta, toda santa, Sempre Capitu... Ana Paula Miqueletti Sanches 25/04/2014

Etéreo

Excessos, Tempestade... Ecos de um tempo longínquo, Assombrando como vozes no escuro, Intocáveis, indeléveis... Leve brisa transmutada, Dor, horror, dor, pavor, O indescritível mais comum, O óbvio acre... O que ser quer insanamente, O que não se compreende, O fato, olfato, insípido, Gosto acre... A dor do fundo prazer... Sem viver, Mirabolante! Não passa de uma miragem... Não existe! - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Não há permissão – morre-se antes do parto! 25/04/2014 Ana Paula Miqueletti Sanches
Sem nenhuma Licença Poética Adélia, Adélia, a quem pedir licença poética Quando as Vozes são tantas? Leveza dos quinze, Beleza dos vinte... E a vontade imensa de cantar! Vozes, Vozes, Vozes! São sempre as mesmas vozes, Mas hoje os sons são tão claros, No breu que, ampara? Adélia, você teve licença? Cantou femininamente Um canto de um anjo torto Quanta beleza nas vozes, Vozes, são elas, as Vozes... As veludosas, maldosas, Vozes? Hoje são belas, Adélia, No breu, Amélia... Camélia! Ana Paula Miqueletti Sanches 13/04/14
Aos Néscios A maior beleza humana é sua capacidade de reflexão, transfiguração, metamorfose... Por quanto tempo não imaginei que a culpa era do outro? Não, não era! Afirmei insanamente: - Você já não é mais quem conheci! Mais que isso, insisti no devaneio de que a pessoa que criei nunca existiu quando a verdade nua estava ali, crua para me alimentar e eu que não a queria... Eu era o problema, eu me metamorfoseei, eu fui o que não era, o que nunca quis ser, o que nem poderia ser, o que nunca conseguiria ser... Mas a luz, há luz... E o que o outro afirmava escuridão iluminou ou será que o que era escuridão do outro era a minha luz ou ainda o mais simples: Eu gosto mesmo é do ESCURO? Puro jogo de ideias? Conceptismo barato? Que seja... Ele apareceu, iluminou, enegreceu, poucos entenderão, somente eu... E a quem realmente interessa? Alma em festa? A que gênero pertence? Texto? Palavra? Escrita ou Oralidade? Vamos ler? Cantar? Guardar numa pasta qualquer... Tanto faz! A