Aos Néscios
A
maior beleza humana é sua capacidade de reflexão, transfiguração,
metamorfose...
Por
quanto tempo não imaginei que a culpa era do outro? Não, não era! Afirmei
insanamente:
-
Você já não é mais quem conheci!
Mais
que isso, insisti no devaneio de que a pessoa que criei nunca existiu quando a
verdade nua estava ali, crua para me alimentar e eu que não a queria...
Eu
era o problema, eu me metamorfoseei, eu fui o que não era, o que nunca quis
ser, o que nem poderia ser, o que nunca conseguiria ser...
Mas
a luz, há luz... E o que o outro afirmava escuridão iluminou ou será que o
que era escuridão do outro era a minha luz ou ainda o mais simples: Eu gosto
mesmo é do ESCURO? Puro jogo de ideias? Conceptismo barato? Que seja...
Ele
apareceu, iluminou, enegreceu, poucos entenderão, somente eu... E a quem
realmente interessa? Alma em festa? A que gênero pertence? Texto? Palavra?
Escrita ou Oralidade? Vamos ler? Cantar? Guardar numa pasta qualquer...
Tanto
faz! Alma em festa! Alma em festa...
Mas
eu, não você, quem é você?
O
outro que importa nessa história nem é mais você e nem é no mesmo sentido que
você pensa que importa, mas é nó sentido que realmente importa e o que importa
e que aqui a redundância é sonoridade... Alma em Festa, no ESCURO. Interessa?
Ana Paula Miqueletti Sanches
(depois
de mais de 11 anos sem escrever, nesse {gênero}?)
13/04/2014
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